Dependência química e o princípio da solidariedade:

uma abordagem a partir dos direitos humanos

Autores

  • Eliane de Santana Macedo Instituto Federal de São Paulo – IFSP, Piracicaba, SP
  • Prof. Dr. Adelino Francisco de Oliveira Instituto Federal de São Paulo – IFSP, Piracicaba, SP

DOI:

https://doi.org/10.47734/rce.v4i2.2476

Palavras-chave:

Direitos Humanos, Solidariedade, Dependência química, Políticas Públicas, Educação

Resumo

Na presente pesquisa abordaremos, a partir do campo da educação, em uma pesquisa de caráter teórico, utilizando, também, observações do cotidiano sobre a questão do preconceito social em relação à pessoa que apresenta Transtorno por Uso de Substância (TUS), decorrente do uso contínuo de crack, especificamente. A sociedade tende a culpabilizar o indivíduo pelo consumo de tal produto, não analisando o problema como uma questão de saúde pública, a ser enfrentado por meio de políticas públicas, dentre elas a educação, que pode desempenhar um papel fundamental na prevenção. Importante pensar políticas públicas para dependentes químicos na perspectiva da garantia e do acesso aos direitos civis, políticos e sociais, e na execução de ações que ofereçam orientação, tratamento, cuidados médicos e psicológicos, capacitação e emprego, abrindo perspectivas de reintegração social. Ressalta-se que a educação propicia reflexão e aprendizado constantes, possibilitando um contínuo processo de autoconstrução, por meio do estabelecimento das relações sociais e convívio com a diversidade. Importante analisar que o outro não é alguém distante e estranho, não deve ser compreendido como um inimigo ou um rival. O outro, com suas diferenças, é alguém que deve ser acolhido com justiça e equidade. A diferença, a singularidade de cada pessoa, é uma característica profundamente humana. A educação é capaz de transformar a vida dos indivíduos, ao mesmo tempo em que forma e transforma a prática dos agentes que atuam nas políticas públicas voltadas para tratamento e prevenção, os chamados educadores, que precisam se atentar à responsabilidade da prática, entendendo que cada ser é único. É imprescindível buscar a transformação das pessoas que apresentam TUS, compreendendo o princípio da solidariedade como fundamento para defesa e efetivação dos direitos humanos. As políticas públicas precisam se voltar à prevenção do consumo, por meio de programas efetivos, atentando à geopolítica das drogas e não apenas trabalhar com as redes comunitárias.

Biografia do Autor

Eliane de Santana Macedo, Instituto Federal de São Paulo – IFSP, Piracicaba, SP

Discente no Curso de Pós-graduação Educação em Direitos Humanos 

Instituto Federal de São Paulo – IFSP, Piracicaba, SP, Brasil.

Prof. Dr. Adelino Francisco de Oliveira, Instituto Federal de São Paulo – IFSP, Piracicaba, SP

Professor de Filosofia 

Coordenador do Grupo de Pesquisa Direitos Humanos e Juventude

Referências

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Publicado

07/09/2024

Como Citar

MACEDO, E. de S.; DE OLIVEIRA, A. F. Dependência química e o princípio da solidariedade:: uma abordagem a partir dos direitos humanos. Revista Ciência em Evidência , [S. l.], v. 4, n. 2, p. e0230014, 2024. DOI: 10.47734/rce.v4i2.2476. Disponível em: https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/cienciaevidencia/article/view/2476. Acesso em: 22 dez. 2024.