RECURSOS HUMANOS EM BIOTECNOLOGIA: INSTITUIÇÕES, FORMAÇÃO E MERCADO DE TRABALHO

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Resumo

A retomada da política industrial no Brasil em 2004 colocou a biotecnologia como um setor prioritário. Em função disso, nos últimos anos, debates voltados para a instalação de novas empresas do setor de biotecnologia para a saúde foram promovidos em envolvendo integrantes da academia, da indústria e do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Os questionamentos sobre a disponibilidade de recursos humanos qualificados em biotecnologia para o atendimento das necessidades imediatas da bioindústria motivaram a realização deste trabalho. Apresentamos uma análise crítica do levantamento realizado pelo GECIV-RJ com os egressos dos cursos de biotecnologia do estado do Rio de Janeiro sobre sua adequação ao mercado de trabalho e discutimos a questão dos recursos humanos como entrave para o desenvolvimento deste setor. Percebemos que há uma inversão da oferta de profissionais (técnicos<graduados e pós-graduados) em relação a aparente demanda (maior de técnicos). Nas respostas dos egressos desses cursos a um questionário online, observamos que apesar da indústria de biotecnologia estar em expansão, os profissionais entrevistados têm dificuldade de incorporação no mercado de trabalho que envolvem fatores como capacitação e salários. Concluímos que a criação dos cursos veio secundariamente à política industrial e em paralelo à necessidade de aumento de vagas no ensino público, o que pode ter interferido no correto delineamento dos cursos.

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Publicado

25.09.2018

Edição

Seção

Artigos Multidisciplinares