ACESSO A ELETRIFICAÇÃO COMO EXPECTATIVA PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA: ESTUDO DE CASO COMPARATIVO ENTRE COMUNIDADE QUILOMBOLA DE SÃO PAULO E GOIÁS

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Resumo

A energia elétrica é um direito das comunidades rurais, e em especial afrodescendentes e indígenas que tem sofrido historicamente com a exclusão. A ausência de infraestrutura causa migração da população que busca melhores condições de vida causando um esvaziamento do campo e aumento da pobreza nas cidades. Toda intervenção realizada para mudar uma situação de vulnerabilidade, altera seu modo de vida e meio ambiente, seja de forma positiva ou negativa. No Brasil, essas comunidades, encontram-se entre os grupos prioritários de fornecimento de energia elétrica mediante programas governamentais como Luz para Todos e Mais Luz na Amazônia. Contudo, os programas não levam em consideração a cultura e estilo de vida. Neste contexto, a presente pesquisa visou analisar os impactos da eletrificação no desenvolvimento rural de duas comunidades quilombolas, uma delas localizada no estado de Goiás e a outra no estado de São Paulo. O processo metodológico incluiu o levantamento de informação secundaria e primária, essa última mediante questionários de percepção em amostras. Os dados obtidos foram analisados mediante matriz de Batelle adaptada para as dimensões social, econômica, ambiental, cultural e espacial. Os resultados obtidos indicaram que os maiores impactos da eletrificação aconteceriam nos componentes de educação, de renda e de saúde.

Biografia do Autor

Adriana Marques, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo -Campus Itapetininga

Doutoranda na Universidade de Brasília - Possui mestrado em Engenharia civil pela Universidade Estadual
de Campinas (2003), atua como professora no Instituto Federal de São Paulo. Possui experiência na área
ambiental, mais de quinze anos de docência em graduação, pós-graduação, cursos técnicos e cursos de
formação continuada. Participou de projetos e treinamento pelas Nações Unidas (UN) , Fundação
Rockfeller e Fundação Kellog no Japão, México, Inglaterra e Itália.Tem experiência na área de
Planejamento Urbano e Regional, com ênfase em meio ambiente e desenvolvimento sustentável, atuando
principalmente nos seguintes temas: utilização de ferramentas estatísticas para mitigação de problemas
ambientais, desenvolvimento sustentável, tratamento de efluente, saneamento ambiental, captação e
tratamento água.

Sandra Milena Velez Echeverry

Doutora em Desenvolvimento Sustentável e Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural pela Universidade de Brasília. Atua nas áreas de desenvolvimento sustentável, sociobiodiversidade, comunidades tradicionais, qualidade da água e eletrificação rural. Possui conhecimento nos softwares R, Sphinx, ArcGis, Qgis, VosViewer e Power BI.

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Publicado

26.11.2022

Edição

Seção

Artigos Multidisciplinares