A EVOLUÇÃO DA REPRESENTATIVIDADE DOCENTE FEMININA NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO: O CASO DO IFSP

Autores

  • Rafael Brochado IFSP – Instituto Federal de São Paulo
  • Lilian Saldanha Marroni IFSP – Instituto Federal de São Paulo
  • Marcelo Frate IFSP – Instituto Federal de São Paulo
  • Robson João Gregório Rodrigues IFSP – Instituto Federal de São Paulo
  • João Felipe Queiroz Rodrigues FT – Faculdade de Tecnologia - UNICAMP

Resumo

O debate sobre gênero tem se intensificado nos últimos anos. Mundialmente, a desigualdade de gênero está presente na educação e no mercado de trabalho, onde prevalece a exclusão e desvalorização da mulher. Com o acesso ao ensino superior, por muitos anos considerado privilégio masculino, as mulheres brasileiras têm lentamente mudado esse cenário. A fim de retratar tal mudança, a relação de gênero com enfoque na presença feminina no ensino superior foi avaliada. Para isso foram realizadas contabilizações de docentes e análises gráficas a partir dos dados do censo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Observou-se um aumento de 39,1% para 46,2% na proporção de mulheres docentes em nível nacional do ano de 1995 a 2018. No ano de 2018, no Brasil e no estado de São Paulo, as mulheres representavam 46,2% e 42,7% do corpo docente do ensino superior, respectivamente. Já o IFSP, neste mesmo período, possuía apenas 32,1% de docentes do sexo feminino. Além disso, foi feita uma análise de progressão de titulação por sexo no IFSP, onde ficou evidente que há um aumento na porcentagem de docentes do sexo feminino conforme a titulação se eleva. Observou-se também que no período de 2013 a 2018, os profissionais do IFSP tem se qualificado cada vez mais, aumentando a proporção de doutores de ambos os sexos. Embora no Brasil ainda haja desigualdade de gênero, verifica-se uma tendência no aumento da participação feminina na docência com o passar dos anos.

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Publicado

25.08.2021

Edição

Seção

Artigos Multidisciplinares