TRANSFERÊNCIA INTERATIVA BILATERAL: O LIVRO-JOGO EUROPEU PARA O BRASIL E O LIVRO-JOGO BRASILEIRO PARA O MUNDO

Autores

  • Pedro Panhoca da Silva Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Helena Bonito Couto Pereira Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

Resumo

Este trabalho busca mostrar o resultado da transferência cultural da Europa para o Brasil referente ao livro-jogo iniciada em 1986. A decadência dessa modalidade, por sua vez, ocorre a partir do encerramento das traduções e comercialização da Fighting Fantasy e de outras séries não tão bem-sucedidas. Foram utilizados os pontos de vista de Katz (c1998-2020) e Schick (1991) para se diferenciar livro-jogo de ficção interativa, Silva (2019) para analisar o que é o livro-jogo, Espagne e Magri (2017), Luca (2012) e Jobim (2008) a fim de relacionar a transferência cultural dos séculos XIX e XX, Santos (2010) Signori; Guimarães; Corrêa (2016) e Zagal; Lewis (2015) sobre as potencialidades e diferenciais que os livros-jogos podem oferecer a seus leitores, bem como outros autores e matérias de jornais e revistas para se abordar especificamente os livros-jogos mais importantes para o assunto. Percebeu-se que durante o período de tradução/comercialização houve uma inicial tentativa de mimetização do objeto traduzido o qual foi aprimorado até uma discreta produção autêntica nacional, extinta devido à decadência das traduções estrangeiras e desinteresse de seu público leitor. Mesmo com número de vendas bem abaixo dos originais britânicos, importantes publicações nacionais foram feitas e, com o recente interesse pelo livro-jogo e seu retorno ao mercado editorial, o Brasil possui a oportunidade de promover uma transferência cultural reversa, pois seus livros-jogos possuem ousadia e qualidade que em muitos aspectos supera o que vem sendo lançado na Europa, podendo ser modelo para editoras apostadoras nesse tipo de literatura.

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Publicado

30.10.2020

Edição

Seção

Seminário de Estudos Linguísticos do Vale do Paraíba