Da ética aristotélica à literatura brasileira
pensando num imaginário comum acerca da amizade
DOI:
https://doi.org/10.47734/rce.v4i2.2507Palavras-chave:
amizade, Aristóteles, imaginário comum, literatura, músicaResumo
A amizade, desde a antiguidade, é tema recorrente na prosa, na poesia e na música. Além disso, a amizade também foi objeto de reflexão de diferentes filósofos ao longo dos séculos. Considerando a amizade como algo sumamente necessário à vida e um elemento constituinte da felicidade, tal como proposto por Aristóteles – que dedicou os livros VIII e IX de sua Ética a Nicômaco, um verdadeiro tratado sobre a amizade, que discute sua importância na prática da virtude e na constituição da felicidade humana –, o presente trabalho se propõe a analisar, inicialmente, um corpus composto por obras artístico-literárias de autores brasileiros que versam sobre a amizade, incluindo letras de canções, crônicas e um poema, e a partir disso, reconstituir um possível imaginário comum acerca da amizade, buscando compreender o que seria uma amizade duradoura. Somado a isso, também se faz presente no trabalho a análise de capítulos selecionados dos livros VIII e IX de Ética a Nicômaco, de Aristóteles. A partir dessas duas análises, pretende-se relacionar o possível imaginário comum extraído dos textos não-filosóficos, com o tratado proposto por Aristóteles, em sua Ética a Nicômaco, destacando a presença de elementos descritos pelo filósofo, em meados do século IV a.C, no imaginário comum, presente nos dias atuais.
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