CENÁRIOS EDUCACIONAIS POSSÍVEIS NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS

UMA REFLEXÃO DESDE O PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT

Autores

  • Edgar Alberto Mendoza Parada Escola Politécnica da USP - Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas
  • José Aquiles Baesso Grimoni Escola Politécnica da USP - Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas

Resumo

Este artigo refere-se a possíveis mudanças pequenas, mas significativas, nos currículos dos cursos de engenharia a partir dos conhecimentos desenvolvidos nas disciplinas específicas, mas numa perspectiva de significados educacionais mais amplos do que as competências profissionais. Tomando como referencial principal a análise de Hannah Arendt sobre a atividade humana que ela classifica como trabalho, produção e ação, e sua diferenciação entre pensar e conhecer, sugere-se que os deslocamentos poderiam partir do conhecimento desenvolvido em perspectiva do trabalho e da produção no âmbito dos objetivos educacionais frequentemente formulados em termos de competências e de um contexto educativo predominantemente funcional ao mercado, e poderia ser objeto de alguma reorientação para uma atividade presencial em sala de aula, desenhada com as características da ação arendtiana. Argumenta-se que com isto ganhamos na qualidade e fertilidade das interações pessoais, no sentido do bem público, e da cidadania, e até numa melhor compreensão da própria disciplina e no reconhecimento do seu conteúdo ético.

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Publicado

31-07-2024

Edição

Seção

ARTIGOS