Entre a epidemia e a práxis

Experiência com o gênero discursivo HQ

Autores

  • Diego Pinto de Sousa Universidade Estadual de Campinas
  • Moisés Carlos de Amorim Universidade Federal de Mato Grosso

Palavras-chave:

Gêneros discursivos, Transposição didática, História em quadrinhos

Resumo

A teoria dialógica de Bakhtin e do Círculo ampliou seu alcance nas últimas décadas em território nacional. Essa influência transpõe os estudos literários e a filosofia da linguagem instalando o dialogismo dentro do ambiente escolar, em especial com o conceito de Gêneros Discursivos. Esta reflexão objetiva demonstrar uma experiência simples com o Gênero Discursivo História em Quadrinhos em turmas do 1o ano do Ensino Médio de uma Escola pública da rede estadual de ensino de Mato Grosso (Cuiabá-MT) e, a partir de seus desdobramentos e implicações, ponderar a relevância atual dos Gêneros do Discurso como mecanismo de ensino-aprendizagem a fim de tornar a aprendizagem de Língua Portuguesa inerente à realidade dos estudantes, apesar dos riscos e dificuldades no processo de transposição didática.

Biografia do Autor

Diego Pinto de Sousa, Universidade Estadual de Campinas

Doutorando em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, Mestre em Estudos de Linguagem pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, especialista em Docência Universitária pelo Centro Universitário Adventista - Unasp-Ec, Graduado em Letras Português/Espanhol também pela UFMT. Docente na Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (SEDUC/MT)

Moisés Carlos de Amorim, Universidade Federal de Mato Grosso

Doutorando em Estudos de Linguagem pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso (ECCO-UFMT). Graduado em Letras Protuguês Literaturas pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Docente na Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (SEDUC/MT)

Referências

ABRUCIO; F.; SIMIELLI, L. Contexto da Educação brasileira: trajetória recente, situação atual e perspectivas sociopolíticas. Cenários Transformadores para a Educação Básica no Brasil. Instituto Reos, 2015.

BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

BRAIT, B. O. Gênero lança uma luz sobre a realidade enquanto a realidade ilumina o gênero. In: SOUZA, S.; SOBRAL, A. (Orgs.). Gêneros, entre o texto e o discurso: questões conceituais e metodológicas. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2016.

BONINI, A.; MOTTA-ROTH, D. (Ed.). Gêneros: teorias, métodos e debates. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

BUCKINGHAM, D. Precisamos realmente de educação para os meios? Comunicação e Educação, v. 17, n. 2, p. 41-60, jul/dez 2012.

DIAS, E.; FERREIRA, K. A. Pesquisa no ambiente escolar: sequência didática para ensino de gênero relato. In: SOUZA, S.; SOBRAL, A. (Orgs.). Gêneros, entre o texto e o discurso: questões conceituais e metodológicas. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2016.

DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2004.

FIORIN, J. L. Interdiscursividade e intertextualidade. In: BRAIT, B. (Org.). Bakhtin: outros conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2006.

FIORIN, J. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática, 2011.

FREIRE, P.. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativaSão Paulo: Paz e Terra, 1996.

GEGE, Grupo de Estudos dos Gêneros do Discurso. O olhar bakhtiniano nas histórias em quadrinhos. Palavras e contrapalavras: procurando outras leituras com Bakhtin. São Paulo: Pedro & João Editores, 2011.

GOBBI, M. Desenhos e fotografias: marcas sociais de infâncias. Educar em Revista. Editora UFPR Curitiba, Brasil, n. 43, jan./mar. 2012. p. 135-147.

HECK, M. Dicionário básico para leitores de quadrinhos mainstream. Jamesons, 2018. Disponível em: Acesso em: 20 mar 2020.

MACHADO, I. Gêneros discursivos. In: BRAIT, B. (Org.). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2010.

MACIEL, L. V. C. A (in)distinção entre dialogismo e intertextualidade. Linguagem em (Dis)curso – LemD, Tubarão, SC, v. 17, n. 1, p. 137-151, jan./abr. 2017.

MORENO, M. T. N. A bela adormecida e a adolescência: um enfoque junguiano. São Paulo-SP: Vetor, 2002.

ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

SANTOS, R. E.; VERGUEIRO, W. Histórias em quadrinhos no processo de aprendizado: da teoria à prática. EccoS, São Paulo, n. 27, p. 81-95. jan./abr. 2012.

SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. R. Rojo & G. Cordeiro. Campinas: Mercado das letras, 2004.

SCHENEWLY; B.; DOLZ, J. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino. Revista Brasileira de Educação. Trad. Glaís Sales Cordeiro. Mai/Jun/Jul/Ago. No 11.1999. p. 5-16.

SOBRAL, A. A transposição didática pode matar o gênero. s/d Disponível em: https:// www.academia.edu/16291338 Acesso em: 15 nov 2018.

SOBRAL, A. Do dialogismo ao gênero: as bases do pensamento do Círculo de Bakhtin. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 2009.

SOUZA, S.; SOBRAL, A. (Orgs.). Gêneros, entre o texto e o discurso: questões conceituais e metodológicas. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2016.

XAVIER, G. Histórias em quadrinhos: panorama histórico, características e verbo- visualidade. Revista Eletrônica Darandina, v. 10, p. 1-19, 2017.

Downloads

Publicado

2020-06-17