Bird Box, A Quiet Place e o novo coronavírus
Por um ensaio
Palavras-chave:
Distopia, Coronavírus, Capitalismo, MonstruosidadeResumo
Em Bird Box e A Quiet Place, os cenários caóticos de dois mundos pós-apocalípticos nos conferem a consciência de que existe uma monstruosidade, ou um espectro, que aniquila a vida das pessoas, fazendo com que a única maneira cabível de sobrevivência das personagens seja a restrição de alguns dos seus sentidos. Assim, este trabalho tem o objetivo de apresentar reflexões acerca das obras, procurando estabelecer uma interface com o contexto do novo coronavírus (doravante Covid-19). Além disso, almejamos ensejar uma discussão sobre os impactos ocorridos nas condições humanas e nas relações sociais, tendo como pano de fundo o capitalismo e a monstruosidade nas narrativas. Saliento que minhas reflexões partem dos conceitos de distopia abordado por Michael Löwy (2005) e Leomir Hilário (2013) e de monstruosidade abordado por Julio Jeha (2007).
Referências
BIER, S. (Dir.). Bird Box. Califórnia: Netflix, 2018.
ESPÍRITO SANTO, M. Cinema, estudos de semiótica. Petrópolis: Vozes, 1973.
HILÁRIO, L. C. Teoria crítica e literatura: a distopia como ferramenta de análise radical da modernidade. Anuário de Literatura, Florianópolis, v.18, n.2, 2013, pp.201-215.
KRASINSKI, J. (Dir.). A Quiet Place. Nova Iorque: Paramount Pictures, 2018.
LENIN, V. I. O imperialismo: fase superior do capitalismo. Trad. Leila Prado. São Paulo: Centauro, 2008.
LOPES, C. Cinema e literatura: dança e tropeço. Disponível em: http://verdestrigos.org/sitenovo/site/cronica_ver.asp?id=246. Acesso em 13 de Maio de 2020.
LÖWY, M. Aviso de incêndio: uma leitura das teses “Sobre o conceito de História”. São Paulo: Boitempo, 2005a.
RAMINELLI, R. História Urbana. In: FLAMARIOM, C.; VAINFAS, R. Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997, pp. 271-291.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Sob a égide da Lei º 9.610/1998 que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais no Brasil, a Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem (RIEL) ressalta a natureza de acesso livre da revista e exige que o(s) autor(es) que submetem manuscritos científicos a este periódico observe(m) princípios éticos e respeite(m) o direito de propriedade intelectual sobre a obra em tela.
Portanto, o(s) autor(es) declara(m)-se titular(es) da propriedade dos direitos autorais do manuscrito submetido e, por conseguinte, não infringe(m) direitos autorais, de imagem e outros direitos de propriedade de terceiros. Logo, assume(m) integral responsabilidade moral ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros.
Desse modo, o(s) autor(es) autoriza(m), cede(m) e transfere(m) à Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem (RIEL) o direito de edição, de publicação, de tradução para outro idioma e de reprodução por qualquer processo ou técnica do manuscrito submetido sem direito exigência de qualquer tipo de remuneração.