A fenomenologia da dêixis
Relações imediatas com o mundo sensível
Palavras-chave:
Fenomenologia; Dêixis; Merleau-Ponty; Mundo sensível.Resumo
Nós não vemos o mundo, nós vemos as coisas que fazem parte deste mundo. E é do fundo de seu silêncio absoluto que as coisas se apresentam ao humano. Como dito, elas, as coisas, não precisam dizer, exprimir-se, afinal, elas se encerram em um fim absoluto, em um silêncio mortal. É o homem, no contato com a coisas, que as disseca. Neste artigo, o nosso objetivo é apresentar, à luz de uma perspectiva fenomenológica com base em Merleau-Ponty (2014), uma evidência perceptiva das coisas e dos objetos em relação ao mundo inteligível. Partindo-se, pois, de uma fé perceptiva, tentamos esboçar como a dêixis, refletida em gestos de apontar com as mãos, os dedos e os olhos, toma posse do mundo sensível, revelando sua natureza substancial. Defendemos a posição de que as coisas ou os objetos imersos no mundo pressupõem uma força perceptiva, bem como uma força ilusória.
Referências
BENVENISTE, É. Problemas de linguística geral II. Trad. Eduardo Guimarães. São Paulo: Pontes, 1989.
BUHLER, K. Teoria del lenguaje. Trad. Julián Marías. Madrid: Revista de Occidente, 1967.
HALBWACHS, M. A memória coletiva. Trad. Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2003.
HUSSERL, E. Idéias para uma fenomenologia pura e uma filosofia fenomenológica. 2: ed. Aparecida: Idéias & Letras, 2006.
LAHUD, M. A propósito da noção de dêixis. São Paulo: Ática, 1979.
MERLEAU-PONTY, M. O visível e o invisível. Trad. José Artur Gianotti e Amando Mora d’Oliveira. São Paulo: Perspectiva, 2014.
SANTOS, C. C. C. Referência dêitica in absentia: uma discussão preliminar. Revista de Letras Juçara, v.2, n.1, p. 54-69, 2018.
SARTRE, J-P. Esboço para uma teoria das emoções. Trad. Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM, 2018.
WITTGENSTEIN, L. Tractatus logico-Philosophicus. Trad. José Arthur Giannotti. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1968.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Sob a égide da Lei º 9.610/1998 que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais no Brasil, a Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem (RIEL) ressalta a natureza de acesso livre da revista e exige que o(s) autor(es) que submetem manuscritos científicos a este periódico observe(m) princípios éticos e respeite(m) o direito de propriedade intelectual sobre a obra em tela.
Portanto, o(s) autor(es) declara(m)-se titular(es) da propriedade dos direitos autorais do manuscrito submetido e, por conseguinte, não infringe(m) direitos autorais, de imagem e outros direitos de propriedade de terceiros. Logo, assume(m) integral responsabilidade moral ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros.
Desse modo, o(s) autor(es) autoriza(m), cede(m) e transfere(m) à Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem (RIEL) o direito de edição, de publicação, de tradução para outro idioma e de reprodução por qualquer processo ou técnica do manuscrito submetido sem direito exigência de qualquer tipo de remuneração.