Alfabetização bilíngue precoce

Uma revisão bibliográfica sobre o ensino bilíngue na educação infantil e nos anos iniciais

Autores

Palavras-chave:

Alfabetização bilíngue, Ensino bilíngue, Educação básica

Resumo

O objetivo desse trabalho é realizar uma revisão bibliográfica sobre a escolha pela alfabetização bilíngue na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Visto que muitos pais e profissionais acreditam que algumas crianças não estão preparadas para o domínio de mais de um idioma, enquanto outros profissionais e especialistas debatem o tema. Assim, esse artigo está dividido em introdução, seguido por uma breve explanação sobre os conceitos de alfabetização e ensino bilíngue, e posteriormente apresentamos as principais pesquisas realizadas acerca do tema, e finalizamos discutindo os principais achados acerca do tema. A partir dessa análise concluímos que as pesquisas defendem que o ensino bilíngue proporciona ganhos cognitivos, além da faixa etária ser compreendida como uma “janela de oportunidade” para aprendizagem. Entretanto, existem fatores que pesam contra o ensino bilíngue, motivados por mitos e condições sociais. Neste sentido, poucas oportunidades são ofertadas para estudantes de grupos minoritários, ou de baixo poder aquisitivo.

Biografia do Autor

Isabela Vieira Barbosa, Universidade Regional de Blumenau (FURB)

Doutoranda e mestre em Educação pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), especialista em Educação Infantil pela Universidade Cândido Mendes (UCAM) e graduada em Pedagogia pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Superior (GEPES/CNPq).

Referências

BAKER, C.; JONES, S.P. Encyclopedia of bilingualism and bilingual education.

Clevedon: Multilingual Matters, 1998.

BIALYSTOK E, CRAIG F. I.; FREEDMAN M. Bilingualism as a protection against the onset symptoms of dementia. Neuropsychologia 45: 459–464, 2007. doi:10.1016/ j.neuropsychologia.2006.10.009.

BOTELHO, P. Linguagem e letramento na educação dos surdos: Ideologias e práticas pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

BRASIL. Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. In: Diário Oficial da União de 23 de dez. de 2005, Brasília, 28 p., 2005.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – 3o. e 4o. ciclos. Brasília: SEF, 1998.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais - Introdução. Brasília: SEF, 1997

BUTLER, Y.G.; HAKUTA, K. Bilingualism and second language acquisition. In: Bhatia, T.K.; Ritchie, W.C. The Handbook of Bilingualism. United Kingdom: Blackwell Publishing, 2004.

CAVALCANTI, M. C.. Estudos sobre educação bilíngue e escolarização em contextos de minorias linguísticas no Brasil. DELTA. Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, São Paulo - SP, v. 15, p. 385-417, 1999.

DEPREZ, C. Les enfants bilingues : langues et familles. Paris: Didier, 1994.

DIAZ, R.M. Tought and two languages: the impact of bilingualism on cognitive

development. Rev. Res. Education, p. 23-54, 1983.

ERVIN, S.M. Language and TAT content in bilinguals. J. Abnormal Social Psychol. v. 68,

p. 500-507, 1964.

HORNBERGER, N. Extending enrichment bilingual education: revisiting typologies and redirecting policy. In: GARCIA, Ophelia. (Ed.). Bilingual education focus in honor of Joshua A. Fishman. v. 1. Philadelphia: John Benjamins, 1991, p. 215-234.

HULL. R.; VAID, J. Laterality and language experience. Laterality: Asymmetries of Body, Brain and Cognition, 11 (5): 436-464, Sep., 2006.

KOVELMAN, I., BAKER, S.A.; PETITTO, L. Bilingual and Monolingual Brains Compared: A Functional Magnetic Resonance Imaging Investigation of Syntactic Processing and a Possible “Neural Signature” of Bilingualism. Journal of Cognitive Neuroscience 20(1), 153- 169. NIH-PA Author Manuscript., 2008.

MEGALE, A. H. Bilingüismo e educação bilíngüe – discutindo conceitos. Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL. V. 3, n. 5, agosto de 2005.

PALOMAR-GARCÍA, M., BUEICHEKÚ, E., ÁVILA, C., SANJUÁN, A., STRIJKERS, K. VENTURA-CAMPOS, N.; COSTA, A. Do bilinguals show neural differences with monolinguals when processing their native language? Brain & Language, 142, 36-44, 2015

PARADIS, M. Differential use cerebral mechanisms in bilinguals. Banich, M.T., 2003

PARKER JONES, O., GREEN, D. W., GROGAN, A., PLIATSIKAS, C., FILIPPOPOLITIS, K., PRICE, C. J. Where, when and why brain activation differs for bilinguals and monolinguals during picture naming and reading aloud. Cerebral Cortex, 22(4), 892-902, 2012.

PIAGET, J. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: Livraria José Olympo Editora/ Unesco, 1973.

ROCCA, P.D.A. Bilingualism and speech: evidences from a study on VOT of english and portuguese voiceless plosives. DELTA. 19 (2), 303-328, 2003.

WADSWORTH, P.; WEI, L. The Bilingualism Reader. 5a ed. London and New York: Routledge, 2006.

Downloads

Publicado

2020-05-04