Coordenação Pedagógica
Reflexões, identidades e perspectivas
Resumo
O presente trabalho de toma como embasamento teórico-metodológico as concepções de linguagem (BAKHTIN, 2003), que atravessam e constituem os sujeitos (HALL, 2005) por meio de práticas discursivas. O conceito de representação, identidades (SOUSA-SOZZI, 2010) e relações de poder-saber (FOUCAULT, 2004, 2008) complementam esse arcabouço teórico a fim de se compreender a configuração de um cenário escolar situado em um dado momento sócio-histórico. Pretende-se abordar pesquisas acadêmicas e legislações vigentes da rede pública de Educação do Estado de São Paulo acerca do exercício da coordenação pedagógica, atualmente denominada como coordenação de gestão pedagógica (CGP). Agrega-se a essa discussão a articulação dos conceitos teóricos supracitados para compreensão das atribuições pedagógicas multifacetadas do coordenador, bem como reconhecimento da relevância do desenvolvimento de sua própria formação continuada e a de seus pares. As interpretações obtidas demonstram que a coordenação pedagógica continua a exercer um papel complexo e de múltiplas identidades atravessadas por discursos imbricados de poder e saberes educacionais, científicos, políticos, econômicos, culturais. Entretanto, entende-se que a formação continuada é mecanismo articulador para minimizar essa complexidade, bem como indissociável à formação identitária dos sujeitos desse processo.