Fenomenologia (e Hermenêutica) Brancas

Em Torno de Itamar Vieira Jr.

Autores

Palavras-chave:

Itamar Vieira Jr., Jacques Derrida, Antonio Candido, valor, branquitude

Resumo

Tento sugerir uma aproximação entre crítica literária em termos de valor e a representação de sujeitos subalternizados, permeada por uma fenomenologia da branquitude. Para isso, utilizo a análise feita por Lígia Diniz, de Salvar o Fogo, de Itamar Vieira Jr., pensando, a partir da fenomenologia da branquitude, o quanto isso implica em uma hermenêutica também branca, causando uma quebra dentro do entendimento da representação das subalternas no romance, ao vê-las como menores e um fenômeno midiático, retirando, do debate, a possibilidade de seguir-se lendo o livro. Retomo, para isso, as discussões de Antonio Candido sobre o Regionalismo e a representação do subalterno, na última parte, para pensarmos, graças à desconstrução derridiana, que o problema do texto de Diniz já é repetido e diferenciado, nos termos da diferança e da iterabilidade do traço, a partir de uma segregação na teoria literária brasileira que tem, como prolegômeno, a universalidade como hermenêutica branca.

Biografia do Autor

Fabio Pomponio Saldanha, Bolsista, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, Brasil

Doutorado em andamento em Letras, Universidade de São Paulo

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Publicado

29-02-2024

Como Citar

Saldanha, F. P. (2024). Fenomenologia (e Hermenêutica) Brancas: Em Torno de Itamar Vieira Jr. Revista Letra Magna, 20(35), 16–39. Recuperado de https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/magna/article/view/2437

Edição

Seção

Artigos