Aproximações do Fantástico e do Surrealismo em Narrativas de Arenas Movedizas, de Octavio Paz
Palavras-chave:
Fantástico, Surrealismo, Poemas em Prosa, Octavio PazResumo
O estudo, apoiado pelo CNPq, analisa Arenas Movedizas, conjunto de textos em prosa de Octavio Paz, poeta, ensaísta e diplomata mexicano do século XX mundialmente reconhecido. Publicadas originalmente em 1949, essas narrativas curtas foram incorporadas à obra ¿Águila o sol? em 1951, compondo sua segunda seção. Arenas Movedizas está compreendido entre os primeiros anos da trajetória poética de Paz e é sua obra menos estudada pelos críticos, uma vez que o escritor é mais conhecido por seus poemas e ensaios. Nela, pode ser percebida a influência do Surrealismo, movimento vanguardista europeu iniciado em 1924. Em consequência do contato constante do autor mexicano com as propostas do fundador do movimento surrealista, André Breton, vislumbramos a possibilidade de mapear se e como as estratégias e elementos do movimento europeu se fazem presentes. Além disso, as narrativas possuem traços da literatura fantástica. Dessa forma, propomos uma leitura de três narrativas dessa obra que dialogam tanto com o Surrealismo quanto com o fantástico, sendo elas: “Visión del Escribiente”, “El ramo azul” e “Mi vida con la ola”. Para tanto, apropriamo-nos dos conceitos de três dos principais autores da literatura fantástica e surrealista, Tzvetan Todorov (1975), Sigmund Freud (2010) e André Breton (1985). Os resultados mostram como Octavio Paz utiliza as características do gênero fantástico e do movimento surrealista para intrigar e instigar o leitor por meio da abordagem de temas como a violência e o amor, sem renunciar a aspectos da cultura mexicana em seus textos.
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