A Presença Feminina na Obra “Rios e Barrancos do Acre”, de Mário Maia
Palavras-chave:
Seringal, Mulher, BorrachaResumo
O presente trabalho se propõe a refletir acerca da presença da mulher nos seringais da Amazônia, especificamente acreanos, a partir de uma abordagem da obra Rios e Barrancos do Acre, de autoria de Mário Maia, tomando como base os debates realizados na disciplina Linguagem, Sociedade e Diversidade Amazônica do Programa de Pós-Graduação em Letras Linguagens e Identidades da Universidade Federal do Acre. Para tanto, lança-se mão de pesquisa bibliográfica visando fazer o levantamento dos dados pertinentes à presença da mulher nos seringais, bem como a sua participação e influência histórica e social no processo de desenvolvimento da cultura de produção da borracha. Há uma ideia de ausência feminina durante o período dos grandes ciclos de extração e produção gomífera, e, quando a mulher aparece, é mostrada apenas como vítima e sem função social nenhuma. Tenta-se descontruir tais conceitos a partir da análise da obra supracitada, associando a ela os dados trazidos por Perrot (1992), Wolff (1999), Del Priore (2004) e Pizarro (2012). Outros nomes foram utilizados para ilustrar os apontamentos apresentados como Reis (1953), Jim Sharpe (1992), Brandão (2006), Cunha (2009) Tocantins (2011) e Fares (2013).
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