Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres
Uma Abordagem Decolonial
Palavras-chave:
aprendizagem, gênero, atos performáticos, feminismo decolonialResumo
Este artigo tem como objetivo investigar a representação de gênero na personagem Loreley, da obra Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres (1969), de Clarice Lispector, tendo em vista que a construção de gênero trata-se de um ato performático apoiado em sanções sociais impostas pelo patriarcado e pela modernidade colonial. O romance em questão, de cunho existencialista, narra a construção da relação amorosa de Loreley, uma professora de ensino primário, e Ulisses, docente universitário do curso de filosofia. Ao longo da obra, o gênero é construído por atos performáticos, reproduzindo a noção de gênero imposta pela modernidade colonial. Os conceitos discutidos em nossa pesquisa tem como aporte teórico os textos “Atos performáticos e a formação dos gêneros: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista”, de Judith Butler, e “Rumo a um feminismo decolonial”, de María Lugones — ambos presentes na obra Pensamento feminista: conceitos fundamentais (2019), organizada por Heloisa Buarque de Hollanda.
Referências
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