Centro, Periferia e Narcocultura
Uma Leitura Decolonial
Palavras-chave:
periferia, narcocultura, descolonialidade, centroResumo
Este trabalho propõe uma leitura descolonial acerca do imaginário forjado por países centrais que atribuem à periferia a responsabilidade exclusiva de crimes relacionados ao tráfico de droga. A partir das narrativas “oficiais”, o narcotráfico e o narcotraficante estão intimamente relacionados com a América Latina, mais precisamente com os países: México, Colômbia e Brasil. Essa fabricação identitária, por sua vez, desembocou em movimentos artísticos e culturais que proliferaram, em especial no Noroeste mexicano, sob o título de narcocultura. Para uma melhor compreensão sobre o tema, propomos um trajeto que traz à luz o tráfico de droga como um dos principais articuladores político e econômico de países centrais, mas que foram omitidas pela história. Sendo assim, iniciaremos pela ascensão da Grã Bretanha como potência mundial, a qual só pode desbancar a China, no século XIX, por intermédia da comercialização ilegal de ópio. A seguir, abordaremos o mecanismo instaurado pelos EUA no México cuja função fora viabilizar plantações e produções de drogas (durante a Segunda Guerra Mundial), as quais terminariam por fundar cartéis mexicanos e favorecer políticas neoliberais estadunidenses. Por fim, trataremos das manifestações narcoculturais mexicanas, e como cada uma representa o imaginário narco.
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