Racismo e Alienação
O Outro Como Impossibilidade de SER
Palavras-chave:
colonialidade, decolonialidade, racismoResumo
O presente trabalho tem como objetivo compreender como o racismo e suas interfaces estruturais, promoveram consequências na constituição do sujeito negro em sociedade. Expor a lógica do processo de racialização dos humanos, que cunhou o conceito de racismo como hoje o conhecemos, são movimentos essenciais para interpretar a ideologia trazida pelos colonizadores e a convicção da legitimidade de suas ações. Perceber a forma como o Brasil foi se constituindo, desde a grande invasão - Descobrimento do Brasil – até os dias atuais, foi determinante para a colonialidade perdurar e o racismo estrutural se estabelecer de forma tão plena. A modernidade teve sua origem a partir desse sistema de usurpação de riquezas e de sujeição dos colonizados, retificando a sua existência, classificando-os como os “outros”, diferente da referência idealizada do colonizador. A partir desse contexto, dialogarmos com pensadores que vem elaborando um grande acervo nos estudos decoloniais como Césaire (2010), Fanon (2008), Spivak (2010), Santos (2002), Santos (2015), Santos (2002), Munanga (2004), Quijano (1991; 2005), Nascimento (1980), Ratts (2006), Memi (2007) e González (1984) em busca de uma disruptura das narrativas da colonialidade, onde o outro, segundo a lógica hegemônica – o diferente – tem menor valor na sociedade e portanto pode ser desabilitado de sua humanidade, impossibilitando a este – o outro, ser, em sua singularidade.
Referências
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