O gênero textual na EJA

Quo tendimus ad emancipationem?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47734/lm.v18i29.2064

Palavras-chave:

Gênero textual, LSF, Ensino de português, Emancipação

Resumo

Este artigo resultou de uma pesquisa de campo realizado em sala de aula, com quatro turmas do 2º segmento da EJA, em uma escola pública da Rede de Ensino do Distrito Federal no decorrer de um bimestre e meio, com o objetivo de mapear os gêneros textuais estudados   nas aulas de língua portuguesa. Para o mapeamento, inventários, dos gêneros. Baseio-me no conceito de agrupamento de gêneros proposto por Schneuwly e Dolz (2004). Em seguida, proponho a abordagem de gênero na perspectiva da Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), na visão de Halliday e Hasan (1989), como uma prática pedagógica fundamental e capaz de capacitar os estudantes a produzirem textos mais eficazes e críticos (Cope & Kalantzis, 1999). Ao discutir as implicações pedagógicas sob o viés da LSF, busco focar, de forma explícita, os gêneros textuais no processo do letramento e revelar as relações existentes entre estruturas textuais e propósitos sociais em seus diferentes contextos de situação, pois só assim é possível empoderar o aluno para sua emancipação.

Biografia do Autor

Sônia Margarida Ribeiro Guedes, Universidade de Brasília (UnB)

Pós-doutorado, doutorado e mestrado em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB). Especialização em Códigos e Linguagens com Ênfase no Ensino Médio pela Universidade de Brasília (UnB). Graduação em Letras Português e Literatura pela Universidade de Brasília (UnB).

Referências

André, M. (1995). Etnografia na prática escolar. Papirus.

Antunes, M. I. (2009). Língua, texto e ensino: Outra escola possível. Parábola Editorial.

Bakhtin, M. Os gêneros do discurso. In:Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Bawarshi, A. S., & Reiff, M. J. (2013). Gênero nas tradições linguísticas: Linguística sistêmico-funcional e linguística de corpus.

Bortoni-Ricardo, S. M. (2008). O professor pesquisador: Introdução à pesquisa qualitativa. Parábola Editorial.

Brasil, Ministério da Educação (2017). Base Nacional Comum Curricular. Brasília.

Bronckart, J. P. (1999). Atividade de Linguagem, textos e discursos: Por um interacionismo sócio-discursivo, (C. Machado, Trad.). EDUC.

Cope B., & Kalantzis, M. (1993). The powers of literacy: A genre approach to teaching writing. University of Pittsburgh Press.

Cunha, M. A. F., & Souza, M. M. (2007). Transitividade e seus contextos de uso. Lucena.

Eggins, S. (2004). An introduction to functional linguistics. Continuum.

Eggins, S., & Martin, J. R. (2000). Géneros y registros del discurso. In T. Van Dijik, T. A. El discurso como estrutura y processo. Gedisa.

Geertz, C. (1973). The interpretation of cultures. Fontana.

Ghio, E., & Fernández, M. D. (2008). Linguística Sistémico-Funcional: Aplicaciones a la lengua española. Waldhuter Editores.

Goldenberg, M.A. (2007). Arte de pesquisar: Como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Record.

Gouveia, C.A. G. (1998). O texto. FGP Editore.

Halliday, M. A. K. (1987). An introduction to functional grammar. Edward Arnold.

Halliday, M. A. K. (1998). Part A. In M. Halliday, & R. Hasan. Language, context, and text: Aspects of language in a social-semiotic perspective. Oxford University Press.

Halliday, M. A. K., & Matthiesen, C. M. I. M. (2004). An introduction to functional grammar. Arnold.

Hasan, R. (1998). Parte B. In M. Halliday, & R. Hasan. Language, context, and text: Aspects of language in a social-semiotic perspective. Oxford University Press.

Ikeda, S. N., & Vian Jr. O. (2006). A análise do discurso pela perspectiva sistêmico-funcional, (p. 37-75). In V. J. Leffa (Org.). Pesquisa em Linguística Aplicada: Temas e métodos. Educat.

Marcuschi, L. A. (2002). Gêneros textuais: Definição e funcionalidade, (p.19-36). In A. P. Dionísio et al. (Org.). Gêneros textuais e ensino. Lucerna.

Marcuschi, L. A. (2008). Produção textual, análise de gêneros e compreensão. Parábola Editorial.

Meurer, J., Bonini, A., & Motta-Roth, D. (Org.) (2005). Gêneros: Teorias, métodos e debates. Parábola Editorial.

Motta-Roth, D., & Herbele, V. M. (2005). O conceito de ‘estrutura potencial de gênero’ de Ruqaya Hasan. In J. Meurer, A. Bonini, & D. Motta-Roth (Org.). Gêneros: Teorias, métodos e debates. Parábola Editorial.

Schneuwly, B., & Dolz, J. (2004). Os gêneros escolares: Das práticas de linguagem aos objetos de ensino. In B. Schneuwly, & J. Dolz. Gêneros orais e escritos na escola. Mercado de Letras.

Silva, E. C. M. (2007). Gêneros e práticas de letramento no ensino fundamental, (Tese de Doutorado). Universidade de Brasília.

Silva, D. E. G. (2001). A repetição em narrativas de adolescentes: Do oral ao escrito. Editora Universidade de Brasília.

Sodré, M., & Ferrari, M. H. (1986). Técnica da reportagem: Notas sobre a narrativa jornalística. Summus.

Vian Jr. O. (2009). Estruturas potenciais de gêneros na análise textual e no ensino de línguas. Revista Linguagem em (Dis)curso, 9(2), 387-410.

Vian Jr. O., & Lima-Lopes, L. (2005). A perspectiva teleológica de Martin para a análise dos gêneros textuais. In J. Meurer, A. Bonini, & D. Motta-Roth (Org.). Gêneros: Teorias, métodos e debates. Parábola Editorial.

Downloads

Publicado

13-03-2022

Como Citar

Ribeiro Guedes, S. M. (2022). O gênero textual na EJA: Quo tendimus ad emancipationem?. Revista Letra Magna, 18(29), 142–165. https://doi.org/10.47734/lm.v18i29.2064