Escrita digital em defesa da ciência e educação linguística
DOI:
https://doi.org/10.47734/lm.v18i29.2000Palavras-chave:
Texto digital nativo, Pandemia, Análise do discurso digitalResumo
Durante a pandemia de covid-19, as redes sociais tornaram-se locus de divulgação e de defesa da ciência. Cientistas que divulgaram informações sobre o coronavírus tornaram-se influenciadores. Analisar esses textos na escola pode ser uma importante ferramenta para a promoção da educação linguística. Entretanto, alguns desafios impõem-se para abordar a escrita de textos digitais nativos. Um deles é perceber que a escrita digital manifesta-se de forma diferente da pré-digital. Partindo dessa problemática, o objetivo deste trabalho é refletir sobre como se dá a escrita de um texto digital nativo destinado à divulgação e à defesa da ciência em uma rede social. Para isso, analisamos as postagens da cientista Natália Pasternak no Twitter, após sua participação na CPI da Pandemia, em um período de 10 dias, sob o arcabouço da Análise do Discurso Digital (ADD). Foi possível perceber os principais recursos de que ela se valeu para continuar defendendo sua posição, como a hibridização e a deslinearização. O uso de imagens associados a elementos verbais e o compartilhamento de textos de outros ecossistemas funcionaram como argumentos em defesa da ciência. Concluiu-se que a educação linguística só ocorre quando for integrada à discussão das novas práticas exigidas para a análise de tecnotextos.
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