Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/riel <p>A <strong>Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem</strong> (RIEL) fomenta o debate crítico e o intercâmbio científico de âmbito nacional e internacional entre as diferentes áreas de especialidades do conhecimento. Dotada de um caráter interdisciplinar almeja abranger áreas tão diversas como Linguística, Letras e Artes, Engenharias e as Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Agrárias, da Saúde, Biológicas, Exatas e da Terra e a Multidisciplinar.<br><br>Ancora-se em uma perspectiva epistêmico-metodológica socialmente orientada e relevante cujo objetivo é contribuir para a divulgação e a visibilidade de pesquisas e a produção de conhecimento científico que se articule aos Estudos de Linguagem em sua relação com as práticas sociais, educacionais, históricas, culturais e políticas, dentre outras.</p> Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo pt-BR Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem 2674-6344 <p>Sob a égide da Lei º 9.610/1998 que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais no Brasil, a <strong>Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem</strong> (RIEL) ressalta a natureza de acesso livre da revista e exige que o(s) autor(es) que submetem manuscritos científicos a este periódico observe(m) princípios éticos e respeite(m) o direito de propriedade intelectual sobre a obra em tela.</p> <p>Portanto, o(s) autor(es) declara(m)-se titular(es) da propriedade dos direitos autorais do manuscrito submetido e, por conseguinte, não infringe(m) direitos autorais, de imagem e outros direitos de propriedade de terceiros. Logo, assume(m) integral responsabilidade moral ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros.</p> <p>Desse modo, o(s) autor(es) autoriza(m), cede(m) e transfere(m) à <strong>Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem</strong> (RIEL) o direito de edição, de publicação, de tradução para outro idioma e de reprodução por qualquer processo ou técnica do manuscrito submetido sem direito exigência de qualquer tipo de remuneração.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Ensino e aprendizagem https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/riel/article/view/1602 <p>Neste volume temático <em>Ensino e aprendizagem: práticas de linguagem em língua materna&nbsp;</em>temos trabalhos de perspectiva transdisciplinar sobre práticas e dados de natureza linguística e discursiva, refletindo sobre a dimensão da relação indissociável entre práticas linguístico-discursivas e sociais. Encontram-se, nesta linha de investigação, o ensino e a aprendizagem de língua materna, as práticas de tradução em interface com o ensino, os contextos midiáticos e tecnológicos, questões relacionadas a multiculturalismo, entre outros temas de abordagem similar.</p> <p><span style="font-weight: 400;">Em torno de um quarto de século, pouco mais de duas décadas aproximadamente, que os linguistas passaram a compor o debate acerca do ensino de língua materna no Brasil. Antes disso, inúmeros gramáticos, pedagogos, psicólogos, cognitivistas, por exemplo, vinham se debruçando sobre o assunto. No caso em questão a particularidade reside, entre uma abordagem e outra, no fato de que cada área centraliza as discussões de acordo com pressupostos alinhados a áreas do conhecimento condizentes com sua pesquisa. Assim, quando os linguistas passaram a ocupar tal lugar no debate sua crítica recaiu sobre a forma que a escola trata o ensino de linguagem. <br><br>O ensino tradicional foi então considerado um terreno de fragilidades devido a dificuldades de lidar, neste contexto, com especificidades culturais e linguísticas devido à inserção de novos discentes na escola pública nacional ocasionada pela expansão educacional oriunda dos governos militares. Desse modo, havendo perpassado historicamente temas como a variação linguística, o conceito de gramática, os usos sociais da linguagem, a emergência dos estudos discursivos e a funcionalidade das práticas de linguagem em âmbito efetivo houve um redirecionamento que fez com que os linguistas imprimissem sua marca de forma significativa. Sobretudo, passou-se a indicar a importância de não confundir ensino de nomenclaturas gramaticais com ensino de língua portuguesa. Isso porque o trabalho excessivamente normativo não considera a realidade multifacetada da língua que não pode ser reduzida a um compêndio de ações de transmissão de regras.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Diante disso, vale salientar que inúmeras pesquisas teórico-críticas têm se dedicado aos estudos das práticas de linguagem em contextos escolares&nbsp; cada vez mais heterogêneos, o que engloba um vasto campo de pesquisas relativas à utilização de múltiplas linguagens no âmbito de modalidades tão diversificadas que vão desde o ensino fundamental, o médio, o técnico, a educação de jovens e adultos até questões voltadas a instâncias relativas ao ensino integrado e ao ensino profissionalizante. Dessa forma, esperamos que os textos deste volume contribuam para o desenvolvimento de pesquisas que tematizam ensino e aprendizagem de língua portuguesa em contextos escolares relacionados às práticas de linguagem, em perspectivas teóricas que atentem para a questão da interação sob a perspectiva dos usos sociais da linguagem.</span></p> Dayse Rodrigues dos Santos Éderson Luís Silveira Rodrigo de Souza Wanzeler Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem 2021-08-31 2021-08-31 3 2 Memorabilidade discursiva em documentos oficiais do ENEM https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/riel/article/view/1810 <p>Este trabalho analisa o conceito de memorabilidade discursiva em dois documentos norteadores do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), a Portaria MEC n° 438, de 28 de Maio 1998 e o Edital n° 10, de 14 de Abril de 2016, documentos que estabelecem as égides das respectivas edições da prova. Em específico, a Portaria n° 438 inaugura o exame. Adotaremos a noção de memorabilidade discursiva tal como definida por Maingueneau (2015). Foram analisados os objetivos gerais da prova em cada documento promovendo uma análise comparativa entre eles, a fim de depreender traços que se materializaram no imaginário social em relação ao exame, assim como os enunciados que denotam o caráter normatizador dos documentos. Como resultados, percebemos que houve a inscrição histórica das normatizações da Portaria n°438, tornando-a um traço e reverberando, ainda, nas edições mais recentes do ENEM. Além disso, destaca-se a interdisciplinaridade no Edital n°10, de 2016.</p> <p>&nbsp;</p> Beatriz Silva Rocha Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem 2021-08-31 2021-08-31 3 2 A translinguagem no ensino de uma língua de herança https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/riel/article/view/1729 <p>A língua de herança é a língua aprendida no âmbito familiar e que possui um caráter de língua minoritária no país de residência. Essa peculiaridade define a língua de herança como uma modalidade linguística que vincula idioma, cultura e identidade. &nbsp;O movimento em prol do português de variante brasileira na modalidade “de herança” nasceu ao final dos anos 80 e segue sendo um fenômeno em expansão. Considerando que o ensino é realizado majoritariamente em contextos de educação não formal, atualmente, pesquisadores debruçam-se em determinar as melhores diretrizes curriculares e as estratégias didáticas para o ensino do português em contextos de línguas em contato. Dentro de um paradigma educativo contemporâneo, este artigo apresenta uma proposta para o ensino do português como língua de herança com base na translinguagem. A Translinguagem é uma teoria linguística dinâmica, que considera os diferentes repertórios linguísticos e culturais dos alunos. A proposta de utilizar estratégias de translinguagem nesta modalidade se justifica pela diversidade linguística e cultural dos falantes de herança e pela necessidade de facilitar, através do ensino da língua de herança, a construção de uma identidade híbrida. Adicionalmente, as estratégias com base nessa teoria linguística são flexíveis e permitem realizar adaptações em consonância com as especificidades dos falantes de herança e a heterogeneidade do grupo.</p> Andresa Sartor-Harada Juliana Azevedo Gomes Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem 2021-08-31 2021-08-31 3 2 Práticas de língua portuguesa e literatura no ensino médio com o lições do Rio Grande https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/riel/article/view/1746 <p><strong>&nbsp;</strong><span style="font-weight: 400;">O presente artigo reflete</span> <span style="font-weight: 400;">sobre práticas de língua portuguesa e literatura no Ensino Médio gaúcho a partir do referencial curricular do estado do Rio Grande do Sul Lições do Rio Grande (2009). O objetivo é relatar de maneira reflexiva a experiência das aulas ministradas seguindo o referencial curricular mencionado tanto na disciplina de Língua Portuguesa como de Literatura no Ensino Médio, durante o estágio supervisionado em Letras. A metodologia utilizada para a escrita deste trabalho é da pesquisa qualitativa, em que a revisão bibliográfica do próprio referencial e de outros artigos sobre ele foi realizada, no intuito de avaliar a adequação ou não das aulas planejadas. As principais conclusões dizem respeito ao fato de que os planos de língua materna e literatura tentam abarcar as orientações do referencial, mas ainda encontram dificuldades em superar as velhas práticas centradas no ensino de gramática e periodização literária no ensino médio.&nbsp; </span></p> Dayse Rodrigues dos Santos Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem 2021-08-31 2021-08-31 3 2 A leitura do texto Pretty Soldier Sailor Moon (1992–1997), de Naoko Takeuchi (1967) pelo olhar intercultural https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/riel/article/view/1784 <p>Este artigo tem por objetivo apresentar uma análise das personagens femininas no texto <em>Pretty Soldier</em> <em>Sailormoon </em>(1992–1997), republicado com o título de <em>Pretty Guardian Sailor Moon </em>(2003–2004), de Naoko Takeuchi (1967), a partir dos pressupostos teóricos sobre consciência formal, informal e técnica proposta por Edward Hall (1959), em conjunto com os níveis de leitura propostos por Fredric Jameson (1992), para investigar as possíveis questões feministas, <em>Girl Power — </em>Terceira Onda feminista, no início da década de noventa <em>— </em>presentes no objeto de análise. Para isso, iremos respaldar nos estudos realizados por Eagleton (2006), Jameson (1999), Pellegrine (1996), Williams (1985), Said (1993), Maher (1996), Candau (2016), Dervin (2016), Hall (1959), Schodt (1996), Grigsby (2004), Heywood &amp; Drake (1997), Siegel (1997) e Mota (2010). Para isso, organizamos este trabalho na seguinte ordem: considerações teóricas sobre literatura — alta cultura e indústria cultural; cultura e interculturalidade; apresentação da autora e contextualização do texto em análise; leitura política sobre o <em>manga</em> — reflexões sobre questões feministas, especificamente <em>Girl Power;</em> e conclusão.&nbsp; Com isso, desejamos demonstrar a relevância do uso da literatura, sendo considerada como cânone ou pertencente a indústria cultural, para reflexões sobre identidade e cultura de determinada faixa etária e em determinado momento político-social.</p> Eduardo Alves de Deus Barbizan Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem 2021-08-31 2021-08-31 3 2 Quadro a quadro https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/riel/article/view/1754 <p>Em meados do século XIX, as histórias em quadrinhos, ou HQs, surgiram na cultura ocidental como uma forma de linguagem e arte fundada na mescla semiótica de imagens e palavras. A história dos <em>X-MEN</em>, criada por Jack Kirby e Stan Lee em 1963, proporcionou uma abordagem com temas ainda não tão bem explorados por outras HQ¹, como preconceitos raciais, filosofias, puberdade e conflitos sobre ética.&nbsp; Nesse sentido, este trabalho, que opera na interface dos estudos de análise do discurso e semiótica, investiga os mecanismos de produção de sentido nas HQs dos <em>X-MEN </em>e as suas modificações em relação às mudanças da sociedade. Além disso, comparam-se acontecimentos enunciativos das duas linhas teóricas e analisa-se, com enfoque na narratividade do conteúdo e na narratividade da expressão, o uso das HQs <em>X-MEN</em> no Ensino Básico. Observa-se, ainda, a dinâmica da relação entre os dois planos da linguagem, à medida que o olhar analítico se desloca do domínio dos quadrinhos ordinários com heróis distantes da realidade dos sujeitos alunos no ensino básico. Além disso, esse trabalho promove as HQs dos <em>X-MEN</em> de Lee até as escritas por Chris Claremont, no ensino de Língua Portuguesa através de <em>e-books</em>. Para isso, dá-se prioridade, neste trabalho, aos conceitos e ferramentas de análise das vertentes discursivas e da semiótica e didática, pedagógica e metodológica, mas recorre-se, também, a fundamentos da análise do discurso e a exemplos ilustrativos e noções inteligíveis aos campos das HQs para uso de ensino na Educação Básica para alunos com dificuldades em leitura, escrita e interpretação.</p> Gabriel Vicente Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem 2021-08-31 2021-08-31 3 2 Educação linguístico-literário em contexto https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/riel/article/view/1676 <p>Muito se discute atualmente sobre entraves no ensino de língua e literatura na educação básica e sobre os novos direcionamentos para essas disciplinas diante do cenário identificado. À vista disso, o objetivo deste ensaio é discutir a educação linguístico-literária brasileira no contexto atual, recuperando, para isso, alguns de seus principais aspectos histórico, político e sociais. Defende-se, neste texto, que qualquer projeto educacional se insere numa visão particular de escola e sociedade, com vistas à sua conservação ou transformação. Diante disso, avaliam-se os deslocamentos traçados, pelas pesquisas recentes na área e pelos documentos oficiais de educação (PCN, BNCC, LDB), para uma nova postura de ensino que vise à formação básica do cidadão.</p> Quezia dos Santos Lopes Oliveira Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem 2021-08-31 2021-08-31 3 2 Multiletramentos e multimodalidade em tempos de pandemia https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/riel/article/view/1756 <p>O presente trabalho apresenta uma proposta de multiletramento que leva em consideração a multimodalidade na leitura e produção de textos no contexto da pandemia de COVID-19, momento em que as instituições de ensino brasileiras continuam na forma não presencial. Para tanto, optou-se pelo Webfólio, um gênero discursivo multissemiótico que abriga outros gêneros, bem como comporta links e hipertextos. Além disso, buscou-se discutir a importância da transposição didática a partir de práticas reais de uso da língua no cotidiano dos alunos com vistas ao engajamento e motivação nas práticas de leitura e escrita na sala de aula.</p> Rose Aparecida Costa Souza Oliveira Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem 2021-08-31 2021-08-31 3 2 A abordagem dialógica dos gêneros discursivos em livros didáticos do ensino médio https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/riel/article/view/1866 <p>A concepção de língua adotada no ensino pelos documentos oficiais da educação brasileira é baseada no dialogismo do Círculo de Bakhtin, em que vemos que o sentido do texto é construído dialogicamente entre locutor-texto-interlocutores. Assim, inúmeros autores e editoras produzem os materiais didáticos tendo como objetivo atender diversos critérios educacionais estipulados, dos quais se destacam os dos atuais programas do Governo, como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que avaliam e distribuiem tais materiais. Visto isso, voltaremos o nosso olhar para a coleção de livros didáticos de Língua Portuguesa do Ensino Médio Português Contemporâneo: diálogo, reflexão e uso de Cereja, Vianna e Damien (2016), discutindo a abordagem dialógica dos gêneros escolhidos por essa coleção na produção textual e como isso implica o desenvolvimento dos projetos finais de cada unidade sugeridos pelos autores. Para tanto, usaremos recortes dos comandos de produções textuais dos volumes 1, 2 e 3 de livros didáticos, para analisar, com base em trabalhos do Círculo de Bakhtin sobre o dialogismo, os gêneros discursivos convocados e sua transposição didática.</p> Wesley Dias Copyright (c) 2021 Revista Interdisciplinar em Estudos de Linguagem 2021-08-31 2021-08-31 3 2