TY - JOUR AU - Sá, Rubens Lacerda de PY - 2023/03/31 Y2 - 2024/03/28 TI - Apresentação JF - Revista Letra Magna JA - RLM VL - 19 IS - 33 SE - Editorial DO - UR - https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/magna/article/view/2315 SP - AB - <p class="p1"><span class="s1"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=4acZrVzYGbY" target="_blank" rel="noopener">Anja Rožen</a></span>®, que é uma estudante adolescente de treze anos de Ravne na Koroškem, Eslovênia, tem uma visão bastante peculiar do que é a paz. Deu vida a essa visão através de sua arte, conquistando o 2021-22 <a href="https://www.lionsclubs.org/en/start-our-approach/youth/peace-poster" target="_blank" rel="noopener"><span class="s1">Lions International Peace Poster Contest Grand Prize Winner</span></a><em>. </em>Para ela, “o desenho representa o planeta que nos conecta e nos une. Os humanos tecem juntos. Se um desiste, outros caem. Estamos todos ligados ao nosso planeta e uns aos outros, mas infelizmente, muitas vezes, não nos damos conta disso. Estamos tecidos um no outro. Ao meu lado, estão os que estão tecendo minha própria história e eu vou tecendo a deles”.</p><p class="p1"><span class="s2">O desenho em tela foi usado para compor a capa do número trinta e três da <strong>Revista Letra Magna</strong> por entendermos que a arte e o argumento de <a href="https://www.youtube.com/watch?v=8rgPu_meLag&amp;t=8s" target="_blank" rel="noopener"><span class="s1">Anja Rožen</span></a></span> alinham-se ao incentivo para pensarmos em uma práxis anticolonial, cujo objetivo extrapola a identificação das violências e a continuidade da operação colonial. A meta deve ser a reversão do sofrimento que tem sido sistematicamente imposto à maior parcela da população ao longo dos séculos. Isso só é possível pela percepção do ser, pela valorização dos diferentes saberes e pela oposição ao poder dominante, que insiste em perpetuar a <em>pensée unique</em> norte-centrada.</p><p class="p1">Sendo assim, esperamos que os textos deste número nos ajudem a pensar em uma práxis que, no sentido freireano e marxista do termo, nos convida não apenas à reflexão, mas também à transformação do entorno que nos tece. Trata-se de uma práxis que deve ser ao mesmo tempo anticolonial, pois se presta ao desenho de estratégias que visem à reversão da dinâmica capitalista, colonialista e patriarcal.</p><p class="p1">Por conseguinte, nosso desejo, enquanto editores, é que a pletora de textos que entregamos aos nossos leitores os ajude a continuar persistindo, existindo e resistindo ou, como disse a jovem Anja Rožen, que possamos seguir tecendo e sendo tecidos juntos, pois “se um desiste, outros caem”.</p><p class="p1"><strong>Hi’ãite Pemoñe'ē Vy’Apópe!</strong></p> ER -