INVARIANTES OPERATÓRIOS E NÍVEIS DE GENERALIDADE MANIFESTADOS POR ESTUDANTES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autores

Resumo

Considerando que a aritmética possui um caráter algébrico, este artigo apresenta uma análise de invariantes operatórios e níveis de generalidade manifestados por estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental em procedimentos de cálculo aritméticos ao se envolverem com uma tarefa considerada como potencialmente algébrica. A fundamentação teórica pautou-se em pressupostos da Teoria dos Campos Conceituais e de Níveis de Generalidade. As informações submetidas a procedimentos analíticos foram coletadas a partir da áudio-gravação da experiência, diários de campo e registros escritos dos estudantes participantes. A partir de manifestações dos estudantes em seus procedimentos de cálculo e linguagem natural oral, conclui-se que eles apresentaram indícios de invariantes operatórios do tipo teoremas-em-ação e se encontravam em um nível de transição entre generalidade aritmética e generalidade algébrica. 

Biografia do Autor

Keila Tatiana Boni, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Doutoranda do Programa em Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Angela Marta Pereira das Dores Savioli, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Doutora em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP-São Paulo), São Paulo, SP, Brasil. Docente e orientadora do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Referências

ANDRINI, A.; VASCONCELLOS, M. J. Praticando Matemática: edição renovada. 3ª ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2012.

BLANTON, M. L.; KAPUT, J. Characterizing a classroom practice that promotes algebraic reasoning. Journal of Research in Mathematics Education, v. 36, n.5, p. 412-446. 2005.

COMÉRIO, M. S. Interação social e solução de problemas aritméticos nas séries iniciais do ensino fundamental. 2007. 257 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP. 2007.

DUVAL, R. Registros de representação semiótica e funcionamento cognitivo do pensamento. Trad.: Moretti, M. T. Revemat, v.7, n.2, p. 266-297, 2012.

FUJII, T.; STEPHENS, M. Using Number Sentences to Introduce the Idea of Variable. In: GREENES, Carole; RUBENSTEIN, Rheta (Eds.).Algebra and Algebraic Thinking in School Mathematics – Seventieth Yearbook. Reston: NCTM, 2008, p. 127-140.

KIERAN, C. Algebraic thinking in the early grades: What is it? The Mathematics Educator, v. 8, n. 1, p. 139-151, 2004.

MESTRE, C.; OLIVEIRA, H. A mobilização da capacidade de generalização através da exploração de estratégias de cálculo: um estudo com alunos do 4º ano. Revista Interacções, Lisboa, n. 20, p. 9-36, 2012.

PIMENTEL, T.; VALE, I. A descoberta de padrões no desenvolvimento do cálculo mental: uma experiência com professores do 1º ciclo. In: Encontro de Investigação em Educação Matemática, 19, 2009, Vila Real. Anais... Vila Real, 2009.

RADFORD, L. Algebraic thinking and the generalization of patterns: A semiotic perspective. In: ALATORRE, S.; CORTINA, J.; SÁIZ, M.; MÉNDEZ, A. (Eds.). Proceedings of the 28th Annual Meeting of the North American Chapter of the International Group for the Psychology of Mathematics Education, México, v. 1, p. 2-21, 2006.

VERGNAUD, G. A teoria dos campos conceituais. In: BRUN, Jean. Didática das matemáticas. Lisboa: Instituto Piaget, 1996.

VERGNAUD, G. The nature of mathematical concepts. In: Nunes, T.; Bryant, P. (Ed.).

Learning and teaching mathematics: an international perspective. Hove, UK: Psychology Press, 1997, p. 5-28.

VERGNAUD, G. A criança, a matemática e a realidade: problemas do ensino da matemática na escola elementar. Trad.: Maria Lucia Faria Moro. Curitiba: Editora da UFPR, 2009.

Downloads

Publicado

2018-12-31

Edição

Seção

Artigos