Mas essa Frase é Minha
uma atividade de artes-manuais para o exercício da escrita acadêmica causa espanto
Palavras-chave:
Escrita Acadêmica, Artes-manuais, Cartografia, Planejamento de AulaResumo
O artigo cartografa uma experiência de artes-manuais e escrita com um grupo de alunas especializandas em artes-manuais para educação. A proposta da atividade visava ultrapassar o aparente bloqueio na escrita do projeto de pesquisa, haja vista o incômodo relatado por muitas das alunas sobre sua incapacidade de escrevê-lo. O planejamento da aula da disciplina Políticas de Narratividade incluía fragmentos e trechos de textos das próprias alunas em exercícios anteriores, associados às materialidades de retalhos, linhas e lãs. O primeiro momento do relato dessa experiência se move em torno da observação de um certo espanto, demonstrado por algumas alunas, quando percebiam que o texto com que estavam trabalhando na atividade era um texto escrito por elas anteriormente. Noutro momento desse relato, trazemos um novo espanto, desta vez apresentado por algumas alunas quando escutavam, pela voz das professoras da disciplina, o texto que produziram durante a atividade. Dois estranhamentos percorrem a experiência: o espanto que a atividade despertou nas alunas quando leram e ouviram a si mesmas; e o espanto das docentes, ao cartografarem a atividade, percebendo a distância entre o planejar e o vivenciar da aula.
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