Notas de uma fronteirização dos afetos
Uma problematização do governo dos corpos
Palavras-chave:
Filosofias da Diferença, Filosofia Política, Política, Educação Matemática, Escola, BrutalismoResumo
Neste texto apresentamos algumas notas que, a priori, podem parecer incoerentes em termos de linearidade textual. No entanto, o conjunto de conceitos que vão sendo mobilizados permite a problematização de algumas codificações de nossa cultura, possibilitando a apresentação de uma crítica à governamentalidade dos corpos. Para tanto, utilizamos livremente algumas expressões naturalizadas no âmbito do ensino e da aprendizagem da Matemática. Estas expressões, sob o signo da fraturação, fissuração e esgotamento, são assumidas como possíveis para apresentar e problematizar o que estamos denominando de fronteirização dos corpos e dos afetos.
Referências
ALTHUSSER, L. Ideologia e Aparelho Ideológico do Estado. Tradução Joaquim José De Moura Ramos. Lisboa: Editora Presença, 1970.
BALDINO, R. R. Assimilação Solidária: escola, mais-valia e consciência cínica. Educação em Foco, v. 3, n. 1, p. 39–65, 1998.
BRASIL. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB. 2018.
COHEN, J. J. A Cultura dos Monstros: Sete Teses. In: SILVA, T. T. DA (Org.). . Pedagogia dos monstros: os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
DELEUZE, G. L’île déserte: textes et entretiens 1953-1974. Paris: Les Éditions de Minuit, 2002.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. L’Anti-Œdipe: capitalisme et schizophrénie 1. France: Les Éditions de Minuit, 1972.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mille Plateaux: capitalisme et Schizophrénie 2. Paris: Les Éditions de Minuit, 1980.
FOUCAULT, M. Histoire de la sexualité II - L’usage des plaisirs. Édition Électronique ed. Paris: Éditions Gallimard, 2013.
FOUCAULT, M. Il faut défendre la société. Cours au Collège de France (1975-1976). Paris: Hautes Études. EHESS Galimard Seuil, 1997.
GUÉRON, R. A axiomática capitalista segundo Deleuze e Guattari. De Marx a Nietzsche, de Nietzsche a Marx. Revista de Filosofia Aurora, v. 29, n. 46, p. 257, 2017.
KAPPLER, C.-C. Monstres, démons et merveilles à la fin du Moyen Age. Paris: Payot, 1999.
LINS, R. Matemática, Monstros, Significados e Educação Matemática. In: BICUDO, M. A. V.; BORBA, M. DE C. (Org.). Educação Matemática: pesquisa em movimento. 4. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2012. p. 92–120.
MARX, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política. Vol I. São Paulo: Nova Cultural, 1978.
MBEMBE, A. Brutalisme. Paris: La Découverte, 2020.
PASCHOAL, A. E. As formas do ressentimento na filosofia de Nietzsche. Philósophos - Revista de Filosofia, v. 13, n. 1, p. 11–33, 2009.
RICHTER, M. G. Salvai-os porque eles sabem o que fazem ou da consciência cínica a autonomia no cotidiano escolar. Linguagem & Ensino (UCPel), Pelotas, v. 2, n.1, p. 87-106, 1999.
SILVA, T. T. DA (Org.). Pedagogia dos monstros: os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
SLOTERDIJK, P. Crítica da razão cínica. Tradução Marco Casanova et al. [S.l.]: Estação Libertadade, 2012.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
