Escritas Junto a Ninguém.
E se Ninguém houvesse?
Palavras-chave:
Experimentação, Escrita, Pesquisa, PensarResumo
Uma escrita circular. Espiralada. Experimentações de escrita que transitam em afetos em torno de Ninguém. Os experimentos em questão pretendem produzir e favorecer efeitos e implicações de se colocar diante do desafio de se pensar junto a Ninguém. “Como alguém se torna em Ninguém?” passa a ser um dos caminhos da ultrapassagem ora lançada. Entendendo Quem como o conjunto de endereçamentos que pretendem organizar um modo de existência na variedade de modos de expressão e interação, essa provocação tem a pretensão de aferir os efeitos e implicações dos desafios de se pensar junto a outro personagem conceitual: Ninguém. Problematizações em experimentação na escrita junto à violência de se lançar nas brumas de Ninguém. O personagem é responsável pelas provocações ao amigo pensamento e a partir dessas indagações, diversos terrenos da filosofia são atravessados: O que pode Ninguém na Polis? Pode um mundo sem Ninguém? Se penso, Ninguém Existe? Há pensamento junto a Ninguém? E outras perguntas emergem: a produção de Ninguém escaparia ao modelo ou seria dele decorrente? A suposição de Ninguém como resistência ao humano, à polis e às suas formas de dominação não abriria espaços para a emergência de processos contra hegemônicos em devir?
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