Uma reflexão sobre as escolhas de alguns alunos ao término do Ensino Médio diante das pressões e desafios sociais

Autores

Palavras-chave:

Escola Disciplinar, Ensino Médio, Pressões Sociais, Decisões

Resumo

Este artigo é parte de um trabalho realizado na conclusão do curso de licenciatura em matemática, pela Universidade Federal de Pernambuco, no Centro Acadêmico do Agreste. Pesquisando e observando os alunos do 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública, podemos perceber a necessidade de desenvolver uma pesquisa que buscasse levantar como objetivo, uma reflexão de como os alunos são subjetivados, agenciados e influenciados no processo de escolhas após essa fase. O processo da escolha, no final dessa etapa de ensino, traz uma bagagem de sentimentos que acaba influenciando nas decisões. A escola, família, sociedade, amigos, sonhos, inseguranças, são uns dos enfrentamentos que alunos nessa fase da educação precisam saber lidar, afim de ter autoridade em sua decisão. Iniciamos esse artigo com discussões a respeito de temas abordados pela Filosofia, trazendo Foucault, Guattari, Rolnik, além de outros discursos que envolve a educação em tempos atuais. Em seguida apresentamos os participantes, alunos do último ano do Ensino Médio, sobre um questionamento que lhes foram feitos: 1) O que você pretende fazer ao terminar o Ensino Médio? 2) Justifique um motivo pelo qual escolheu uma das opções anteriores. 3) Indique uma pessoa que você admira. Qual a profissão dele (a)? Adentrando na reflexão de suas respostas com as teorias apresentadas. Não com a intenção de rotular mas embarcar na discussão sobre essas decisões. Evidenciou-se nos resultados que a maior parte dos alunos tem como escolha o curso superior, seguindo pelo interesse na inclusão do mercado de trabalho, envolvidos nos fatores sociais. 

Referências

AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Trad. Vinicius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009.

ALVES, Flávia B. B. A relação entre educação e capitalismo: o aluno como “produto” da “indústria” escola. In: Revista Eletrônica da faculdade Metodista Granbery, vol.1, núm.10, p. 2 – 10, jan/jun, 2011.

FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. 24 ed. São Paulo: Edições Graal, 2010.

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: História da violência nas prisões. 39 ed. Trad. R. Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 2011.

GUATTARI, Félix & ROLNIK, Suely. Micropolítica: Cartografia do desejo. 4. ed. Editora Vozes, Petrópolis, 1996.

LARROSA, J. B. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. In: RBE Jan/Fev/Mar/Abril. 2002. N.19.

PARO, Vitor Henrique. Parem de preparar para o trabalho!!! Reflexões acerca dos efeitos do neoliberalismo sobre a gestão e o papel da escola básica. In: FERRETTI, Celso João; SILVA JÚNIOR, João dos Reis; OLIVEIRA, Maria Rita N. (Org.). Trabalho, formação e currículo: para onde vai a escola? São Paulo: Xamã, 1999. p. 101-120.

QUEIROZ, S. M. A educação em meio ao Hiperativismo sócio-cultural do mundo líquido. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, XII, 2016, São Paulo. Anais... São Paulo: SBEM, 2016. V. 1, p. 1-9.

QUEIROZ, S. M. Movimentos que permeiam o devir professor de matemática de alguns licenciandos. 2015. 208f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2015.

QUEIROZ, S. M. Sala de aula: sociedade de controle, comprismo e hiperativismo sócio-virtual versus o cuidado de si. In: Maria Fernanda dos Santos Alencar; Marcelo Henrique Gonçalves de Miranda; Maria Fabiana da Silva Costa. (Org.). Formação de professores e processos de ensino e aprendizagem: práticas pedagógicas e contribuições das políticas públicas. 1 ed. Caruaru: UFPE, v. 6, p. 135-158, 2019.

ROLNIK, Suely. Toxicômanos de identidade subjetividade em tempo de globalização. Reelaboração de artigo publicado no caderno “Mais!” da Folha de São Paulo, 19/05/1996.

Downloads

Publicado

2024-04-24

Edição

Seção

Especial: Experimentações em Ed. Matemática