Análise energética de uma biorrefinaria de cana-de-açúcar

Autores

  • Kamila Batista IFSP
  • Cássia Maria de Oliveira IFSP

Resumo

A integração energética em uma biorrefinaria de cana-de-açúcar permite reduzir o consumo de vapor na planta e, consequentemente, disponibilizar mais bagaço para a produção de etanol de segunda geração (2G) e/ou energia elétrica. Este trabalho teve por objetivo realizar a integração energética de biorrefinarias de cana-de-açúcar em três cenários. Os cenários indicam diferentes condições de processo e diferem nas frações de bagaço desviadas para a seção de etanol 2G e cogeração de energia. Aplicando a análise Pinch, técnica usada na integração energética, foi possível verificar que a biorrefinaria com a integração energética proposta neste estudo pode alcançar uma economia de até 69% de utilidade quente e 80% de utilidade fria em relação à biorrefinaria sem qualquer integração e de até 43% de utilidade quente e 57% de utilidade fria em relação à biorrefinaria com integração de projeto, termo designado para a biorrefinaria comumente encontrada nas usinas brasileiras. Um excedente de até 10,1% de etanol ou 28,6% de energia elétrica pode ser atingido com a integração energética proposta neste estudo. Assim, é possível constatar que uma redução nos custos com utilidades e no uso de recursos ambientais, bem como um aumento na produção de etanol ou de energia elétrica podem ser obtidos com a integração energética, possibilitando a biorrefinaria tornar-se mais sustentável e econômica.

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Publicado

2020-07-21

Edição

Seção

Artigos