O USO DO GEOGEBRA NA APRENDIZAGEM DE GEOMETRIA ANALÍTICA NO ENSINO MÉDIO

Autores

  • Gilreide Maria Silva UFSCar - Universidade Federal de São Carlos
  • Miriam Cardoso Utsumi Universidade Estadual de Campinas

Resumo

Neste artigo apresentamos o recorte de um estudo desenvolvido em nível de mestrado[1], que investigou em que medida o software GeoGebra contribuiu para a aprendizagem dos conteúdos de Geometria Analítica, ponto e reta. Participaram da pesquisa duas turmas do período diurno do 3º Ano do Ensino Médio, de uma escola pública da Grande São Paulo que foram submetidas a uma Sequência de Atividades que considerava os diferentes Registros de Representação Semiótica de Duval. A primeira turma (T1), trabalhou com atividades em abordagens instrucionista e construcionista utilizando o GeoGebra, enquanto a outra (T2), trabalhou as atividades em ambiente lápis e papel. Os dados foram obtidos a partir de um questionário sobre o perfil dos participantes, um Pré-Teste, Avaliação Intermediária e um Pós-Teste. Neste texto, discutimos os resultados da Avaliação Intermediária, na qual verificamos que nas questões que abordavam as habilidades de visualização (localize, identifique) e construção (trace, represente) a Turma 1 apresentou médias superiores as dos participantes da Turma 2, contudo nas questões que exigiam habilidade de cálculo, a Turma 2 obteve médias melhores. Desta forma, consideramos que o GeoGebra, contribuiu para a aprendizagem dos conteúdos de ponto e reta, favorecendo a representação dos objetos matemáticos em diferentes registros. Porém, acreditamos que ele deva ser associado à outras metodologias que deem conta da compreensão e apropriação da habilidade de cálculo pelos alunos, a qual apenas o uso do software não contribuiu para desenvolver.

Biografia do Autor

Gilreide Maria Silva, UFSCar - Universidade Federal de São Carlos

 Mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brasil. Docente da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, Taboão da Serra, São Paulo, Brasil. Endereço para correspondência: Rua 25 de Dezembro, 130, Jardim São Salvador, CEP: 06775 350, Taboão da Serra, São Paulo, Brasil. Endereço eletrônico: girleidedasilva@gmail.com

Miriam Cardoso Utsumi, Universidade Estadual de Campinas

Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), São Paulo, Brasil. Docente da Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, São Paulo, Brasil. Endereço para correspondência: Avenida Bertrand Russell, 801, Cidade Universitária, CEP: 13083865, Campinas, São Paulo, Brasil. Endereço eletrônico: mutsumi@unicamp.br

 

Referências

AGUIAR. A. L. Moodle e GeoGebra como apoio virtual ao ensino de Trigonometria segundo a nova Proposta Curricular do Estado de São Paulo. 2011. 153f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas)–Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2011. Disponível em: <http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4631>. Acesso em: 15 jan. 2015.

BRASIL. Lei nº 9. 394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. [Código civil]. Brasília, DF, 20 de dez. de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 15 out. 2014.

BRASIL. Secretária da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio: matemática e suas tecnologias. Brasília: Mec./SEE, 1998.

DUVAL, R. Registros de representações semióticas e funcionamento cognitivo da compreensão em matemática. In: MACHADO, S. D. A. (Org.). Aprendizagem matemática registro da representação semiótica. Campinas: Papirus, 2013. p. 11-33.

MACHADO, S. D. A. Aprendizagem matemática registro da representação semiótica. Campinas: Papirus, 2013.

MALTEMPI, M. V.; FARIA, R. W. S. Manipulação e análise de padrões fractais no processo de generalização de conteúdos matemáticos por meio do software GeoGebra. In: CONFERÊNCIA LATINO AMERICANA DE GEOGEBRA, 1., 2012, São Paulo. Anais... São Paulo, 2012. p.1-15. Disponível em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/IGISP/article/view/8393 >. Acesso em: 25 maio 2014.

MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2012.

MISKULIN, R. G. S. As potencialidades didático-pedagógicas de um laboratório em educação matemática mediado pelas TICs na formação de professores. In: Organizadores X. (Org.). O laboratório de ensino de matemática na formação de professores. Campinas: Autores Associados, 2010. p. 153-178.

SANTAELLA, L. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983.

SANTOS, I. N. Explorando conceitos de geometria analítica plana utilizando tecnologias da informática e comunicação: uma ponte do ensino médio para o ensino superior construída na formação inicial de professores de matemática. 2011. 163f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática)–Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2011. Disponível em:

<http://www.ppgedmat.ufop.br/arquivos/dissertacoes_2011/Diss_Ivan_Nogueira_dos_Santos.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2015.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: matemática e suas tecnologias. Coordenação de Maria Inês Finl e Nilson José Machado. 1. ed. atual. São Paulo, 2012. p. 72.

SILVA, G. M. Um estudo sobre o uso do GeoGebra na aprendizagem de geometria analítica no ensino médio. Dissertação. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2016. Disponível em: <https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/8870/DissGMS.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 13 set. 2015.

Downloads

Publicado

2017-06-30

Edição

Seção

Artigos